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Síndrome de Stevens-Johnson

Ouviu falar da síndrome de Stevens-Johnson?

A síndrome de Stevens-Johnson é um transtorno grave, ainda que raro, que ocorre como reação a certos medicamentos. Esta doença é realmente imprevisível e as causas ou a origem da mesma ainda não foram totalmente definidas pelos especialistas. Aqui, queremos esclarecer algumas dúvidas e dizer quais são os sintomas mais comuns e algumas das causas desta doença rara.

Em que consiste a Síndrome de Stevens-Johnson?

Este transtorno, à semelhança da necrólise epidérmica tóxica, causa uma erupção cutânea dolorosa na zona zona das mucosas e em grande parte do corpo após a ingestão de um medicamento. Costuma aparecer rapidamente nos olhos, boca e nariz, embora depois se espalhe pelo resto das extremidades.

A sintomatologia requer hospitalização imediata, tanto para a cura das feridas como para descobrir a origem da doença e tentar impedir o seu desenvolvimento.

Quais são os sintomas?

O quadro clínico desta síndrome começa a aparecer com sintomas semelhantes aos da gripe comum, seguidos de uma erupção cutânea bastante dolorosa. A erupção cutânea, que se reproduz por todo o corpo, terminará passados vários dias transformando-se em pequenas bolhas que rebentarão no futuro causando dores fortes.

Após os primeiros dois ou três dias desde o aparecimento dos primeiros sintomas, também podem aparecer sinais como:

  • Febre
  • Dor de garganta e muscular
  • Cansaço geral
  • Mais tarde, conforme a doença se vai desenvolvendo, a dor na pele espalha-se por todo o corpo, acompanhada por uma erupção cutânea vermelha ou arroxeada. Eventualmente, as bolhas que tinham aparecido secam e desprendem-se.

Em casos muito graves, a síndrome de Stevens- Johnson pode trazer complicações ao doente ocasionadas por uma pneumonia, choque anafilático ou falência de múltiplos órgãos.

Complicações após a doença

Após a sintomatologia, é muito comum que apareçam complicações como:

  1. Desconfortos oculares. As bolhas podem afetar os olhos, provocando inflamação, síndrome do olho seco ou sensibilidade à luz. Em casos muito graves, pode causar a perda de visão.
  2. Problemas permanentes na pele. Após o desprendimento das bolhas, podem aparecer vultos ou cicatrizes nas referidas zonas, além de queda de cabelo ou problemas no crescimento das unhas.
  3. Infeções no sangue, como septicemia.
  4. Insuficiência respiratória. Dificuldade em respirar normalmente, tosse, desconforto no sistema respiratório…
  5. Devido à doença e ao desconforto na garganta e na boca, a pessoa pode sofrer de desidratação causada pela dificuldade em engolir líquidos.
  6. Outros problemas derivados da doença podem causar perda prolongada do paladar, alopecia ou anomalias na zona genital.

O que provoca esta síndrome?

A síndrome de Stevens-Johnson é uma doença rara e de difícil diagnóstico. Em muitas ocasiões, médicos e especialistas não conseguem encontrar a origem que desencadeou as reações porque a sintomatologia e as diferentes análises são realmente confusas em muitos doentes. Embora, de acordo com vários estudos, a causa mais comum seja a hipersensibilidade a certos fármacos, como:

  • Alopurinol
  • Medicamentos para tratar as convulsões ou doenças mentais
  • Analgésicos
  • Sulfonamidas antibacterianas
  • Além disso, a pneumonia ou o vírus da imunodeficiência humana também podem desencadeá-la.

Como é realizado o diagnóstico?

Existe uma série de procedimentos standard para diagnosticar a síndrome:

  1. Análise do histórico clínico e dos antecedentes familiares, além do correspondente exame físico completo.
  2. Biopsia da pele. São analisadas amostras de pele para encontrar possíveis bactérias.
  3. Análises de sangue. Através da análise de sangue, procura-se descartar outros tipos de doenças ou infeções no organismo.

Quais são os fatores de risco?

Embora não haja um traço comum que afete todos os doentes, podemos falar de fatores específicos que aumentam as probabilidades de sofrer da doença e que são:

  • Antecedentes familiares. Se uma pessoa na família sofreu da doença, as probabilidades de um parente direto sofrer dela são muito altas.
  • Ter um sistema imunitário debilitado. Isso pode ser causado por um transplante de órgão, sofrer de VIH ou algum tipo de doença autoimune.
  • Fator genético. Pode existir uma predisposição genética que aumente as probabilidades de sofrer da síndrome.
  • As pessoas com cancro, especificamente a leucemia, são mais propensas a esta reação.

 

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Deve ler cuidadosamente todas as informações constantes da embalagem do medicamento e do seu folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, deve consultar o seu medico ou farmacêutico.