Mitos sobre as alergias
Segundo a Organização Mundial de Alergia (WAO), entre 30-40% da população mundial está afetada por uma ou mais doenças alérgicas. As investigações contínuas mostram como a prevalência das doenças alérgicas está a aumentar, tanto nos países desenvolvidos como nos países em vias de desenvolvimento. Embora o progresso das doenças alérgicas esteja ligado a uma multitude de pesquisas e avanços científicos, os rumores, mitos e falsas crenças sobre a alergia ainda não desapareceram. Para esclarecer muitas incógnitas, hoje contamos a verdade sobre os mitos mais comuns.
Mito 1: A alergia é uma doença psicossomática
Como destaca o Dr. Warner Carr, Membro do Diretório do Colégio Americano de Alergia, Asma e Imunologia” (ACAAI), “As alergias não são psicossomáticas, trata-se de uma reação exagerada do sistema imunitário a coisas que normalmente são toleradas”. Este comentário é muito comum em pessoas que não sofrem de alergia, mas trata-se de uma crença totalmente falsa. A alergia é uma reação do sistema imunitário que apresenta sintomas respiratórios como rinite, conjuntivite, etc., e que é reconhecida cientificamente. É verdade que o stress ou a ansiedade são um gatilho dos sintomas de alergia.
Mito 2: Só se sofre de alergia na primavera
A alergia primaveril é um mito com maiúsculas. Embora este termo seja usado com muita frequência devido à grande polinização nesta época do ano, isso não é sinónimo de que noutras ocasiões não exista polinização. Segundo a Sociedade Espanhola de Alergologia e Imunologia Clínica (SEAIC), “entre 50 e 80% dos doentes é sensível a mais de um alergénio”, ou seja, não exclusivamente ao pólen.
Também existem muitas outras causas de alergia que podem causar sintomas e são estáveis ao longo do ano: como os ácaros, os fungos ou os animais, por exemplo.
Mito 3: Os sintomas numa alergia alimentar aparecem imediatamente
Embora geralmente as alergias alimentares provoquem uma reação logo após a ingestão, nem sempre sucede dessa forma. Às vezes, os sintomas podem demorar várias horas ou até dias a aparecer. Por exemplo, se falarmos das intolerâncias alimentares, os sintomas digestivos aparecem duas ou três horas após a ingestão.
Mito 4: As flores são as culpadas das alergias
Claro que não! Um exemplo claro são as flores de cores vivas, como as rosas ou os girassóis, nas quais o seu pólen é muito pesado e pegajoso. Graças a estas características, os insetos podem recolhê-lo e transportá-lo mais facilmente. Por isso, este tipo de flores não são o foco principal das alergias. A maioria das alergias sazonais é causada por pólen muito mais pequeno e leve que se move livremente pelo ar, como o das árvores, das ervas ou das gramíneas.
Mito 5: O pelo dos animais de companhia provoca alergia
É uma crença amplamente difundida, mas a peculiaridade da alergia aos animais de companhia não reside no pelo. O sistema imunitário das pessoas com alergia aos animais é mais sensível e reage aos alergénios que se encontram na saliva, urina e caspa. Se falarmos dos animais domésticos, os gatos geram cerca do dobro das alergias em comparação com os cães. A caspa desses animais costuma ser o principal foco (fragmentos microscópicos de pele e saliva que são transportados pelo ar). Além disso, as reações alérgicas aos gatos são bastante mais graves.
E não se esqueça, o mais aconselhável se suspeitar que tem alergia é consultar um médico especialista. Este realizará os testes pertinentes, garantindo de que encontrará um tratamento adequado para os seus sintomas.
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