Diferenças entre a dermatite atópica e a rosácea
A dermatite atópica e a rosácea são perturbações cutâneas muito comuns na nossa sociedade. Por desconhecimento ou por um mau diagnóstico, muitas pessoas confundem-nas e aplicam tratamentos que não estão de acordo com o problema. Aprender a diferenciá-las é fundamental para enfrentar os sintomas e não piorar as reações.
Damos-lhe um guia simples com os aspetos fundamentais para que nunca mais as volte a confundir e possa cuidar da sua pele como ela merece.
O que é que a dermatite atópica e a rosácea têm em comum?
O aspeto mais visível e comum entre as duas é a vermelhidão da pele. Embora a rosácea apresente este aspeto em zonas da cara, a dermatite atópica pode aparecer em diferentes partes do corpo. Outra das suas características é que estas doenças costumam aparecer em pessoas com peles especialmente sensíveis e reativas, muito suscetíveis a mudanças bruscas de temperatura, ao sol, etc. Por último, um aspeto que gera grande confusão no diagnóstico são os produtos para aliviar os sintomas. Geralmente, os bálsamos e cremes não irritantes e à base de componentes hipoalergénicos são muito eficazes tanto para a rosácea como para a dermatite atópica.
Antes de se automedicar, lembre-se que um médico especialista deve realizar um exame da pele e um posterior diagnóstico para se certificar de que tipo de reação cutânea sofre. Enquanto isso, deixamos aqui algumas indicações para que possa diferenciar cada problema.
Como diferenciar as duas reações?
Aparecem em momentos diferentes da vida
Os episódios de dermatite atópica costumam começar no período de lactação, geralmente por volta dos 4-6 meses de vida do bebé, e é durante a infância que a doença é mais visível. Embora devamos mencionar que também aparecem casos na idade adulta, e daí a sua confusão com a rosácea.
Ao contrário da dermatite atópica, a rosácea aparece geralmente na idade adulta a partir dos 30 anos e com mais tendência nas mulheres de pele clara.
Os sintomas e o aspeto também mudam
Os sintomas da dermatite atópica costumam ser intensos e caracterizam-se por uma forte comichão, às vezes quase insuportável, sobretudo durante a noite. Aparece na forma de manchas vermelhas em diferentes partes do corpo: pernas, braços, peito, interior dos cotovelos e joelhos, etc. A pele costuma estar muito seca e gretada, gerando em casos mais extremos feridas ou descamação pelo coçar.
Uma das principais diferenças em relação à dermatite atópica é que a rosácea aparece a nível facial e inclui vermelhidão na zona central do rosto, protuberâncias vermelhas e avultadas acompanhadas de pequenas espinhas, espessamento do nariz e problemas oculares (olho seco, irritação, inchaço, etc.)
Os tratamentos são totalmente diferentes
Embora em ambos os casos seja aconselhável manter a pele bem hidratada através de produtos e loções pouco irritantes, os tratamentos variam muito. Este é um dos motivos pelos quais não devem ocorrer erros no diagnóstico.
O primeiro conselho dos especialistas para tratar a pele atópica é a hidratação. No caso de os cremes humectantes não serem eficazes, são sugeridos outros tratamentos mais localizados como: cremes corticoides para controlar a comichão e a irritação, loções antibióticas para travar as infeções e nos casos mais graves, corticoides orais para inflamações graves.
Para tratar a rosácea, não existe um método específico, mas existem diferentes tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas: antibióticos orais, fármacos para a acne, etc. E para reduzir a vermelhidão em algumas zonas utilizam-se há vários anos terapias com laser ou luz pulsada.
A importância de um bom diagnóstico
Um diagnóstico preciso por parte do especialista determinará a evolução de ambas as perturbações. Vejamos que características devem ser tidas em consideração.
Diagnóstico da dermatite atópica
No caso dos eczemas, o especialista terá em consideração que o primeiro episódio deverá ter ocorrido antes dos dois anos de idade, se o doente tiver antecedentes familiares de pele seca ou outras perturbações alérgicas, e fará uma análise da sua história clínica para conhecer em profundidade a pele. Em certas ocasiões, também é comum realizar análises com parches para descartar doenças de pele ou identificar doenças associadas ao eczema.
Diagnóstico da rosácea
Atualmente não há nenhum teste específico para ajudar a diagnosticar o problema da rosácea. Neste caso, os especialistas realizam um estudo completo da história clínica do e um exame cutâneo para conhecer as reações que aparecem na pele e determinar o tratamento a seguir.
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