Curiosidades sobre a alergia aos animais de companhia
Sabia que a nível global calcula-se que no mundo vivam cerca de 300 milhões de cães (75 milhões na Europa)? As alergias a animais de companhia são cada vez mais comuns, mas como essa alergia afeta o dia a dia? Muitas pessoas têm de lidar todos os dias com este grande dilema: “Sofrer alergia ou desfrutar de animais de companhia?” Olhos lacrimejantes, rinite ou comichão nos olhos são alguns dos sintomas mais comuns, mas se a exposição à alergia for contínua e não forem tomadas medidas para impedi-la, essa situação pode piorar com o passar dos anos.
Neste post dizemos-lhe algumas curiosidades que talvez não conheça sobre a alergia a animais de companhia e vários tips para conter as reações. Tome nota!
Sintomas comuns da alergia aos animais de companhia
Geralmente, os sintomas são leves e não se revestem de gravidade, além disso costumam desaparecer em poucas horas, são eles:
- Olhos lacrimejantes, comichão nos olhos.
- Muco nasal.
- Tosse, fadiga ao respirar.
- Através do contacto direto com o animal, algumas pessoas podem sentir comichão ou inchaço na pele.
- Exposição prolongada ao alergénio. Quando a pessoa está em contacto contínuo com animais de companhia, isso pode causar uma inflamação nas vias respiratórias, gerando maior resistência a outros problemas como poluição ou uma gripe comum.
Mordidela de animal
Sabia que, às vezes, também ocorrem reações alérgicas graves após uma mordidela de animal? Geralmente acontece com mordidelas de roedores e ocorre através de feridas ou seringas. O alergénio, localizado na saliva, é introduzido através do sangue causando as referidas reações que em certas ocasiões podem desencadear um choque anafilático.
Quais são os desencadeadores desta alergia? A causa pode ser outra diferente do próprio animal?
Ao contrário do que normalmente se pensa, o pelo dos animais não é a principal causa de alergia, mas sim a caspa e a saliva. Costuma estar associada ao pelo, pois o suor e a saliva aderem a essa camada mais superficial. Atualmente, a OMS classificou 36 alergénios em mamíferos, os mais estudados são os dos cães e gatos para os quais são conhecidos; nove alergénios de cães e oito alergénios de gatos.
Em muitas ocasiões, a alergia não está diretamente relacionada com os animais de companhia, mas a outros animais, como carrapatos, pulgas ou outros insetos que os acompanham. Os excrementos e a saliva destes animais também tendem a produzir fortes reações alérgicas em algumas pessoas.
Por outro lado, fatores como a humidade ou a proliferação de ácaros que se alimentam da caspa de cães ou gatos também podem ser a origem de muitas reações.
➤ Mitos sobre a alergia aos animais de companhia
As aves também podem provocar alergias?
Embora seja pouco comum, a alergia a aves existe. Nestes casos, os especialistas denominam esta patologia de doença respiratória chamada pneumonite por hipersensibilidade. Afeta sobretudo pessoas que estão em contacto direto com estes animais, como criadores, pessoal dos zoos, agricultores, etc. Costuma provocar mal-estar, tosse seca, dificuldade em respirar… mas desaparece algumas horas após o contacto. Em ocasiões muito específicas, alguns doentes também podem sofrer de desconforto com o uso de almofadas ou roupa de cama com penas, embora geralmente estejam mais relacionados com os ácaros das próprias penas do que com o animal.
A alergia aos animais pode ser um desencadeador e um fator de risco para o desenvolvimento de rinite ou asma?
A resposta é categórica: sim! As alergias a gatos ou cães são um fator decisivo no desenvolvimento destas patologias, sobretudo se estiver muito associada à asma grave durante a infância. É inegável afirmar que quanto maior a exposição a esses alergénios, maior será a probabilidade de sofrer sintomatologia grave ou doenças respiratórias. Isto é, evitar o alergénio é a melhor forma de evitar problemas mais graves.
Se tem alergia a animais de companhia, isto é o que deve fazer
- Passo #1: limpeza. Numa casa onde os animais de companhia causam alergias, a limpeza quase diária é essencial. Além disso, deve acompanhá-la de muitos momentos de ventilação para evitar que os alergénios circulem livremente pela casa.
- Definir locais para o animal de companhia. É fortemente desaconselhável deixar que os cães ou gatos entrem no quarto ou subam para zonas como o sofá ou cadeiras.
- Esqueça os tapetes, almofadas ou móveis estofados. São um foco para o pó, a caspa e o pelo dos animais.
- Dê banho ao seu animal de companhia com frequência, pelo menos uma ou duas vezes por semana. Desta forma, a caspa e os restos de pele morta do pelo serão eliminados. Utilize, se possível, um champô hipoalergénico.
- Saia a passear! Quanto mais passeios fizer, menos alergénios se acumularão em casa
PT-P-ZI-ALY-2200006