Conjuntivite alérgica, em que consiste?
A conjuntivite alérgica ocorre como reação a um alergénio externo (ácaros, poluição, caspa de animais, etc.) e pode aparecer lentamente ou em poucos minutos, dificultando a vida do doente de um momento para o outro. Se alguma vez sofreu de alergia ocular ou quer saber mais sobre a doença, hoje vamos dizer-lhe como agir e cuidar dos seus olhos para diminuir essa incómoda alergia.
O que é a conjuntivite?
A conjuntivite alérgica, que pode afetar tanto as crianças como os mais velhos, consiste na inflamação da conjuntiva em resposta a um alergénio. A conjuntiva é uma membrana transparente que reveste o interior das pálpebras e o globo ocular. Este tecido atua como defesa do olho contra infeções, portanto, a sua resistência aos alergénios. Quando fica inflamado, faz com que os vasos sanguíneos se dilatem e os olhos fiquem vermelhos. Ao contrário da conjuntivite viral ou bacteriana, a alérgica não é contagiosa, já que é produzida, como o próprio nome indica, por um alergénio.
Estes são os três tipos de conjuntivites alérgicas que existem:
- Conjuntivite sazonal. Geralmente, aparece na primavera ou com a mudança de estação e está estreitamente relacionada com a febre do feno. O motivo por que aparece? Alergia ao pólen de árvores, plantas herbáceas ou relva cuja polinização ocorre nesta época do ano.
- Conjuntivite permanente. Nesse caso, a conjuntivite pode aparecer em qualquer estação do ano, ou seja, quando a pessoa está exposta ao alergénio. Geralmente está relacionada com os ácaros ou os pelos e a caspa dos animais de companhia.
- Ceratoconjuntivite vernal. É a reação mais grave e não se sabe que tipo de alergénios a provoca. Geralmente aparece no outono e primavera e é acompanhada de comichão, vermelhidão intensa, secreção lacrimal e fotofobia.
Principais alergénios que provocam a conjuntivite
A conjuntivite alérgica difere da conjuntivite normal pela sua origem e causas que a geram. Neste caso, a conjuntivite é provocada por uma resposta do organismo face a um alergénio que reconhece como “perigoso”, gerando um quadro que desencadeia os sintomas já conhecidos. Os mais comuns são:
- Pólen
- Bolor
- Caspa ou pelo de animais (gato e cão)
- Ácaros do pó
- Medicamentos, geralmente antibióticos
- Produtos cosméticos (maquilhagens, cremes…)
Que sintomas provoca?
Esta patologia costuma aparecer com a mudança de estação, geralmente no início da primavera e a proliferação dos alergénios mais frequentes nesta época do ano. Também se deve ter em consideração que também afeta alguns doentes ao longo de todo o ano. Os sintomas podem variar de pessoa para pessoa, mas estes são os mais comuns:
- Lacrimação e olhos chorosos.
- Comichão, ardor e vermelhidão ocular.
- Inflamação: inchaço das pálpebras (especialmente ao acordar).
- Dilatação dos vasos sanguíneos da conjuntiva.
- Secreções de tipo aquoso ou viscoso.
- Como consequência dos restantes sintomas, o doente pode apresentar visão turva temporária.
Conselhos para aliviar os sintomas
Embora o primeiro passo seja ir a um oftalmologista para saber o estado do problema e aplicar um tratamento adequado, também existem alguns procedimentos que podem ser aplicados para aliviar o desconforto ocular:
- Realizar lavagens frequentes da superfície ocular (entre 4-5 vezes por dia) com soro fisiológico. Os especialistas aconselham conservá-lo em local fresco ou no frigorífico para proporcionar um maior alívio na aplicação.
- Aplicar lágrimas artificiais para evitar a secura nos olhos, pelo menos 4 vezes ao dia. O mais adequado é fazê-lo após a lavagem.
- Utilizar compressas frias nos olhos.
- Evitar os espaços poluídos ou com fumo.
- Não aplicar maquilhagem ou perfumes, principalmente durante as crises alérgicas.
Além disso, existem alguns detalhes para evitar o seu aparecimento:
- Realizar uma limpeza contínua da casa para manter os alergénios afastados e sempre com um aspirador.
- Controlar o aparecimento de bolor dentro de casa.
- Evitar conviver com animais de companhia dentro de casa.
- Utilizar roupa de cama hipoalergénica.
- Ventilar em dias secos e sem vento.
- Implementar filtros antipólen no carro e manter as janelas fechadas durante as viagens de carro.
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