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alergias da vida

Como variam as alergias ao longo da vida

Sabia que as alergias evoluem ao longo da vida? Durante a nossa vida sofremos alterações no sistema imunitário, as quais afetam a evolução das alergias.

Porque variam as alergias ao longo da vida?

Não se sabe exatamente porque as alergias podem aparecer, acentuar-se, retroceder ou inclusive desaparecer quando crescemos. As alergias são um processo dinâmico e imprevisível, condicionado pela nossa capacidade de resposta imunitária, que por sua vez é influenciada principalmente por dois fatores: a genética e o ambiente que nos rodeia

  • Fatores genéticos: Filhos de pais com alergia têm uma maior probabilidade de desenvolver esta reação, devido à herança genética.
  • Fatores ambientais: A exposição a fatores externos aos quais o nosso sistema imunitário não está acostumado pode gerar o aparecimento de novas alergias.

As alergias causadas por fatores genéticos geralmente aparecem na infância, enquanto aquelas que aparecem ou desaparecem ao longo da vida geralmente estão mais relacionadas com o meio ambiente. As mudanças para novos locais de residência ou de trabalho podem expor-nos a novos alergénios com os quais não tínhamos contacto anteriormente.

Mas, e se vivermos sempre no mesmo lugar? Nesse caso, pode ser uma mudança mais pequena, por exemplo, o contacto com um novo animal de companhia, o uso de medicamentos ou as mudanças na alimentação, podem alterar a nossa flora bacteriana e, com isso, o sistema imunitário. Ou também pode ser uma mudança mais difícil de perceber; por exemplo, nas partículas do ar, devido ao aumento da poluição.

Outro motivo que pode influenciar o nosso sistema imunitário é o nosso estado de saúde. O stress pode gerar o aparecimento de dermatite, enquanto que a ingestão de anti-inflamatórios ou álcool pode amplificar uma reação alérgica que, anteriormente, pensávamos que estava controlada. Outra causa pode ser uma alteração hormonal, comum nas mulheres após a gravidez ou durante a menopausa.

Seja por um motivo ou por outro, a realidade é que ao longo da vida o nosso sistema imunitário vai mudando e, com isso, a nossa resposta aos alergénios do ambiente. Isso também faz com que a probabilidade de desenvolver uma ou outra alergia mude ao longo da vida, como veremos a seguir.

Infância: a etapa onde mais alergias se desenvolvem

Atualmente, 20% da população infantil apresenta problemas de alergias. Uma percentagem que cresce todos os anos, e que certamente chegará a 50% nas próximas décadas.

As alergias que geralmente aparecem nos recém-nascidos são de tipo alimentar, especialmente as relacionadas com o leite de vaca, os ovos, o peixe, o marisco, os frutos secos, as frutas frescas ou os cereais. Por esse motivo, recomenda-se aos pais que introduzam os alimentos pouco a pouco na dieta dos bebés, seguindo os prazos recomendados pelos pediatras.

Outra das alergias mais comuns nos primeiros meses de vida é a dermatite, devido ao uso de cremes, à reação perante algum agente patogénico do ambiente ou às  mudanças na alimentação.

Nos anos seguintes, é comum o aparecimento de alergias relacionadas com alergénios inalantes, como os pólenes, os ácaros, os epitélios dos animais e os fungos. Estas alergias, tal como as alimentares, podem desaparecer durante a adolescência.

Adultos: alergias ligadas a momentos de mudança

Quando nos tornamos adultos, temos menos probabilidades de sofrer de novas alergias, mas não é impossível, como vimos anteriormente.

Nesse caso, o mais comum é que as novas alergias estejam relacionadas com alterações no nosso sistema imunitário causadas por elementos externos ou alterações na nossa saúde. Além disso, tendemos a passar menos tempo no exterior, portanto, é habitual o aparecimento de novas reações relacionadas com os ácaros e o pólen.

O outro tipo de alergia que geralmente se desenvolve nesta fase é aos medicamentos. Neste caso, é importante ter em consideração se está a consumir algum outro preparado, com o qual possa estar a fazer reação.

Idosos: uma época para cuidar de si

Quando falamos de saúde, os idosos costumam ser o grupo mais vulnerável. No caso das alergias, não é uma exceção.

Tal como acontecia com o grupo da faixa etária anterior, as alergias de novo aparecimento mais comuns nos idosos são as relacionadas com os medicamentos ou as mudanças no ambiente. Além disso, se tinham alergias prévias, pode acontecer que estas se intensifiquem devido à deterioração do sistema circulatório ou respiratório – por exemplo, se foi fumador.

Também é importante vigiar as alergias cutâneas e as relacionadas com os olhos, pois nesta fase a pele é mais seca, frágil e fina, e há uma maior secura ocular.

Para evitar males maiores, tanto se estivermos nesta faixa etária como noutra, o importante é prevenir e manter controlos periódicos com um médico especialista.

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Deve ler cuidadosamente todas as informações constantes da embalagem do medicamento e do seu folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, deve consultar o seu medico ou farmacêutico.