Como afeta o COVID-19 nas pessoas que sofrem de alergias?

Desde que a pandemia iniciou em 2019, houve muitas teorias e investigações sobre a sua incidência ou gravidade nas pessoas com alergias: estas têm maior propensão para se infetarem? Afeta-as de forma grave? Gera consequências para a saúde a longo prazo? Hoje, refletimos sobre alguns estudos interessantes sobre um tema que preocupa tanto as pessoas com alergias como os alergologistas. Continue a ler!

As pessoas com alergias têm mais risco de serem infetadas com o vírus?

O COVID-19 veio revolucionar completamente a saúde de toda a população mundial e por se tratar de uma doença cuja transmissão é aérea. O pânico e as dúvidas apoderaram-se das pessoas com alergias com uma pergunta principal: existe um risco maior de contrair o coronavírus por ter esta patologia? Por se tratar de uma doença relativamente nova, as afirmações não são conclusivas, mas os estudos e investigações que existem até agora lançaram alguma luz sobre o assunto, a grande maioria não apresenta sinais de que as pessoas com alergias sejam mais suscetíveis à infeção pelo COVID-19. Isto acontece porque as pessoas com alergias têm um sistema semelhante ao de uma pessoa sem alergia e podem defender-se da mesma forma contra outros microrganismos.

E os pacientes asmáticos?

No caso de pessoas com asma, embora as probabilidades de se infetarem sejam semelhantes às das outras pessoas sem a doença, elas devem ser mais cautelosas, pois qualquer infeção respiratória pode complicar e desestabilizar a sua asma, inflamando as vias respiratórias e, portanto, aumentando o risco de crise. Por isso, é fundamental seguir as medidas preventivas e não abandonar a medicação em nenhuma hipótese.

Diferenças entre os sintomas da alergia e o coronavírus

A maioria dos pacientes com alergias sofre de forma recorrente de uma sintomatologia que às vezes pode ser enganosa devido à sua semelhança com o coronavírus. Hoje mostramos algumas características pelas quais pode descartar uma ou outra patologia, preste atenção!

– Os sintomas da rinite alérgica são principalmente a comichão nasal, o excesso de mucosidade, a congestão ou os espirros. Um detalhe importante para saber se é uma alergia ao pólen, é se os sintomas diminuem e desaparecem após a exposição ao alergénio. Por exemplo, quando a pessoa está no exterior (no campo ou no parque), ao contrário de quando está em casa.

– Sintomas COVID-19. A maneira mais eficaz de descartar os sintomas de alergia ao coronavírus é com o aparecimento de febre, perda repentina do olfato, mal-estar geral ou cansaço e tosse seca. Neste caso, as reações ocorrem de forma progressiva e podem começar de forma leve e ir aumentando pouco a pouco, como acontece com uma gripe comum.

Em resumo, em caso de confusão, pode analisar estes quatro pontos para descartar um positivo para COVID-19:

Como aparece e quanto dura? Os sintomas da alergia são intermitentes dependendo da exposição, os do coronavírus podem durar uma semana ou um mês.
Onde se localizam os sintomas? Nas alergias, os sintomas aparecem principalmente nos olhos, nariz ou garganta, pelo contrário, com o COVID-19 podem espalhar-se a todo o organismo causando desconforto geral.
Tem febre? É o indicador mais importante de que há uma infeção por coronavírus.
E perda do olfato? Durante os episódios de alergia, como causa da grande mucosidade, pode aparecer, mas é com o covid quando aparece de forma mais repentina e percetível.

Não Covid? É uma alergia ou um resfriado então?

Vacinas contra o coronavírus: são contraindicadas para pessoas com alergias?

Segundo os especialistas, até o momento, as vacinas contra o COVID-19 são indicadas para pessoas com alergias. As vacinas são contraindicadas apenas para pessoas que tiveram alguma hipersensibilidade ou reação a um composto ativo das vacinas. Embora os especialistas recomendem prestar atenção especial ao fornecimento de vacinas em pessoas que sofrem de alergia a algum tipo de medicamento ou outra vacina semelhante ou que tenham sofrido episódios de anafilaxia anteriormente. Nesse momento, após a vacinação, o paciente deve ser observado os 30 minutos posteriores para verificar uma possível reação.

Por outro lado, também não foram observadas contraindicações em pessoas com alergias alimentares, a animais de companhia, a insetos, ao látex, etc.

Que recomendações as pessoas com alergias devem seguir para evitar o contágio por COVID-19?

As medidas preventivas de saúde são muito semelhantes às recomendadas para pessoas sem alergias:

Lavar as mãos com frequência.
Evitar tocar com as mãos, olhos, nariz ou boca.
Não ventilar a casa a meio do dia (entre as doze e as cinco da tarde).
Seguir rigorosamente os tratamentos prescritos para a alergia ou a asma.
Se tiver suspeita ou testar positivo para o COVID-19, os tratamentos de imunoterapia devem ser temporariamente interrompidos até ter novas indicações.

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