Como a poluição afeta a alergia ao pólen?
Alguma vez se perguntou se a poluição influencia na acentuação dos sintomas da alergia ao pólen? A resposta é um sim redondo e a seguir dizemos porquê. É sabido que a poluição no ambiente é uma das causas principais dos problemas de saúde que a sociedade sofre hoje em dia, sobretudo nas grandes cidades.
Um dos efeitos mais sérios da poluição ambiental ocorre no aumento de diferentes patologias que afetam as vias respiratórias e as alergias. Mas o mais curioso de tudo é que este agravamento da saúde afeta pessoas que, em princípio, não apresentam nenhum fator de risco para isso.
A poluição afeta a alergia ao pólen desta forma
Todos os poluentes que existem no ar podem aumentar a potência e o efeito que os diferentes tipos de alergénios provocam. Assim, alguns elementos como os gases, o dióxido de nitrogénio ou o ozono podem provocar certas alterações químicas em alguns alergénios, aumentando assim o seu efeito nas pessoas que reagem a eles. Esta situação, unida às mudanças que têm vindo a ocorrer no clima a nível global durante as últimas décadas, explicaria o motivo porque são cada vez mais as pessoas que são afetadas por todo o tipo de alergias, em especial o pólen, com maior agressividade.
Os motores a gasóleo e a sua relação com as alergias
A combustão dos motores a gasóleo nas grandes cidades produz numerosas partículas de dióxido de carbono que são extremamente pequenas; além disso, o número destas que os motores a gasóleo emitem excede até cem vezes o número de partículas emitidas pelos motores a gasolina.
Estas partículas caracterizam-se por alterar a estrutura do pólen aumentando a sua capacidade de provocar uma resposta alérgica tanto nas pessoas que são suscetíveis como inclusive naquelas que em princípio não o são. Além disso, as partículas derivadas da poluição são as principais responsáveis por transportar os alergénios que se encontram no ar até às profundezas das vias respiratórias, sobretudo nos grandes núcleos de população.
Se a tudo isto adicionarmos que o próprio ar poluído é um poderoso irritante das mucosas do nariz, faringe e pulmões, encontramo-nos numa situação em que a poluição nos torna muito mais propensos a sofrer de alergias respiratórias que outras pessoas que vivem em zonas muito menos poluídas.
Outros fatores: genética e alterações climáticas
Finalmente, podemos afirmar que a poluição potencia as diferentes reações alérgicas alterando as propriedades físico-químicas dos alergénios, facilitando a sua introdução no nosso corpo através das mucosas. É de salientar que a poluição é um dos grandes fatores que favorecem o aparecimento das alergias, mas não o único. A genética tem, neste sentido, um papel fundamental, existindo muitas pessoas com uma maior facilidade para desenvolver reações alérgicas como consequência de possuírem uma predisposição genética herdada dos seus progenitores.
Por outro lado, as alterações climáticas que o nosso planeta sofre também afetam o calendário polínico de muitas plantas, avançando ou prolongando o período de polinização, o que aumenta o contacto da população com os alergénios e, portanto, um maior número de reações aos mesmos. Não deve esquecer que, perante qualquer sintoma, a melhor decisão que pode tomar é ir ao seu médico de confiança ou especialista que irá fazer o diagnóstico adequado para lhe oferecer uma solução adaptada às suas necessidades.
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