Anti-histamínicos
O que é um anti-histamínico?
Os anti-histamínicos são medicamentos utilizados para tratar reações alérgicas como por exemplo a urticária, rinite alérgica ou conjuntivite, reduzindo os sintomas tais como: o prurido, inflamação, vermelhidão ou o corrimento nasal.
Chamam-se assim porque bloqueiam os efeitos da histamina. A histamina é uma molécula sintetizada pelo nosso próprio organismo e está presente em todo o reino animal.
Intervém em numerosos processos fisiológicos. A histamina é um mediador do sistema imunitário que participa nas respostas alérgicas. Mas também desempenha um papel na secreção ácida do estômago, estando envolvida, a nível central, na sensação de fome e nos ritmos sono-vigília e circadiano, entre outras funções.
Quando o sistema imune responde face a uma infeção ou sofre uma reação alérgica, os mastócitos, situados na pele e no aparelho respiratório, ativam-se e libertam grandes quantidades de histamina, o que provoca – prurido, dilatação sanguínea, contração dos brônquios ou vermelhidão…
Os anti-histamínicos são utilizados para tratar as reações que a libertação destas histaminas provoca.
Que tipos de anti-histamínicos existem no mercado?
Do ponto de vista clínico, existem – anti-histamínicos – de primeira geração e segunda geração.
Primeira geração
São os mais antigos. Caracterizam-se por – serem pouco seletivos, atuando sobre vários recetores, ao mesmo tempo. Por isso, geram mais efeitos secundários, tais como sono, secura da boca e um aumento do apetite. Outra característica é que são menos efetivos, degradando-se rapidamente no organismo, pelo que, geralmente, devem ser tomados várias vezes – ao dia.
Segunda geração
São mais seletivos e penetram menos no Sistema Nervoso Central, o que diminui o seu principal efeito secundário, que é a sonolência. O seu regime de dosagem é mais eficiente e geralmente – apenas é necessária uma dose diária, o que também é uma vantagem face aos – de primeira geração. Os anti-histamínicos de 2.ª geração, também causam – menor aumento de apetite do que os clássicos.
Como funcionam os anti-histamínicos?
Os anti-histamínicos são um grupo de princípios ativos cuja característica comum é a de inibir os efeitos da histamina. Esta substância química está presente em todos os tecidos corporais e determina em grande parte a sensação de fome e os ritmos sono-vigília.
Para isso, a histamina atua através de quatro –diferentes tipos de recetores: H1, H2, H3 e H4. Os anti-histamínicos são os inibidores específicos dos recetores H1.
Os anti-histamínicos atuam unindo-se aos recetores H1 da histamina, inativando-os durante horas. Desta forma, evita-se que a histamina produza os seus efeitos: – prurido, corrimento, espirros, etc.
Que efeitos secundários têm os anti-histamínicos de primeira geração?
Uma vez que os anti-histamínicos de primeira geração não são seletivos, estes produzem uma série de efeitos secundários ao penetrarem em todo o Sistema Nervoso Central. O facto de haver recetores H1 em diferentes partes do organismo faz com que, ao serem bloqueados, se produzam efeitos secundários não desejados.
Sonolência ou sedação: é o efeito secundário mais comum e ocorre por se bloquearem os recetores H1 do cérebro. A sonolência depende muito da pessoa e do respetivo tipo de anti-histamínico -.
Aumento de Peso (derivado da vontade de comer): Os anti-histamínicos aumentam – o apetite ao inibirem os recetores H1 no Sistema Nervoso Central, mas também o fazem inibindo os recetores serotoninérgicos.