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Que tipo de alergias são hereditárias?

As alergias são hereditárias? Que tipo são hereditárias?

Se na sua família existem antecedentes de alergias, é natural que se pergunte se também pode vir a desenvolvê-las, é normal que se preocupe! A verdade é que, nestes casos, a genética tem um papel importante na predisposição para certas alergias e intolerâncias, mas isso não significa que sejam inevitáveis.

Existe um componente genético nas alergias?

As doenças genéticas têm a vantagem de poderem ser identificadas através da mutação de um ou mais genes e, embora seja verdade que as alergias sejam investigadas do ponto de vista genético há mais de um século, ainda não foi encontrado um “gene da alergia”.

A ciência demonstrou que as alergias têm uma forte base genética.

Apesar disso, a ciência demonstrou que as alergias têm uma forte base genética; isto significa que certas variantes podem predispor uma pessoa a desenvolver reações alérgicas, embora estas tenham de ser também favorecidas por fatores ambientais que fazem pender a balança para a intolerância ou para a tolerância.

Em suma, parece que as alergias podem ser desencadeadas quando todos os fatores, tanto ambientais como genéticos, condicionam o sistema imunitário para tal.

Como se herdam as alergias: o papel da genética e do ambiente

Como já referimos, não se herda uma alergia específica, senão uma predisposição geral para a desenvolver. A exposição a alergénios desde a infância, juntamente com fatores ambientais e genéticos, pode ativar ou intensificar as reações deste tipo.

Quando um ou ambos os pais têm antecedentes de alergias, existe uma maior probabilidade de os seus filhos também desenvolverem alergias, uma vez que o fator genético pode ser transferido através dos óvulos e espermatozoides, embora não seja possível prever com exatidão a reação específica nem se esta acabará por se manifestar.

Além disso, durante a infância, o contacto precoce e frequente com alergénios como o pó, o pólen, os ácaros ou determinados alimentos pode influenciar o desenvolvimento do sistema imunitário, aumentando ou diminuindo a probabilidade de uma reação alérgica. Além disso, fatores como a poluição, a dieta, o estilo de vida e até a microbiota intestinal podem modular a predisposição genética e afetar a gravidade dos sintomas.

Tipos de alergias com maior predisposição hereditária

Existem várias alergias com maior predisposição hereditária, ou seja, se um ou ambos os pais sofrem de uma destas alergias, os seus filhos têm maior probabilidade de as desenvolver. Dizemos-lhe quais!

  • Rinite alérgica e asma: estas duas doenças costumam estar relacionadas e têm uma componente genética significativa. Se um dos pais sofre de asma ou de rinite alérgica, há uma maior probabilidade de os filhos também sofrerem destas doenças. Neste caso, os alergénios comuns, como o pólen ou os ácaros do pó, podem desencadear estas reações.
  • Dermatite atópica: doença crónica da pele que costuma ocorrer em pessoas com antecedentes familiares de alergias. Muitas vezes, as crianças que sofrem de dermatite atópica acabam por desenvolver também asma ou rinite alérgica à medida que crescem.
  • Alergias alimentares: alguns alimentos, como o leite, os frutos secos ou o marisco, podem provocar reações alérgicas. Certamente que conhece alguém com uma destas intolerâncias! Se um dos pais sofre desta doença, o risco de que o filho também sofra aumenta.
  • Urticária crónica e reações cutâneas: a urticária crónica, que se caracteriza pelo aparecimento de inchaço, vermelhidão e comichão na pele, também pode estar relacionada com fatores genéticos. Portanto, as pessoas com antecedentes familiares de alergias ou doenças autoimunes são mais suscetíveis de sofrer desta doença.
  • Alergia a fármacos: por último, a predisposição para ser alérgico a determinados medicamentos, como alguns antibióticos ou analgésicos, também pode ser transmitida de pais para filhos. Se na família existirem antecedentes de reações alérgicas a medicamentos, os descendentes têm maior probabilidade de sofrer essas reações.

Diferenças entre predisposição genética e desenvolvimento da alergia

É importante referir que, embora a genética possa influenciar na predisposição para desenvolver determinadas alergias quando existe antecedentes familiares, isso não significa que estas se manifestem em todos os casos. Não se trata de uma regra fixa, mas sim de uma tendência.

Uma predisposição genética para uma alergia significa que uma pessoa tem maior probabilidade de desenvolver uma alergia, mas isso também depende de outros fatores, como já foi referido, como o ambiente, a alimentação ou mesmo o contacto com determinados alergénios desde tenra idade.

Por exemplo, uma pessoa com antecedentes familiares de asma pode não desenvolver asma se não estiver exposta a desencadeadores como o fumo, a poluição ou o pólen.

No final, em muitos casos, o estilo de vida e o ambiente têm um papel fundamental. Crescer numa cidade muito poluída não é a mesma coisa que crescer num ambiente mais limpo e com menos poluição. No entanto, o sistema imunitário de cada pessoa também tem um papel importante, podendo reagir de forma diferente a determinados estímulos.

As alergias hereditárias podem ser prevenidas?

É natural perguntar-se: se as alergias com fator hereditário podem ser prevenidas? Já referimos que o ambiente e a exposição aos alergénios têm normalmente um papel importante, e é aqui que reside o cerne da questão. Embora não seja possível alterar a carga genética de uma pessoa, existem formas de reduzir o risco de desenvolvimento de uma alergia ou, pelo menos, de minimizar o seu impacto ou gravidade. A chave está em controlar os fatores ambientais e reforçar o sistema imunitário desde tenra idade.

Por exemplo, em bebés com antecedentes familiares de alergias, a amamentação pode ajudar a reforçar as suas defesas. Recomenda-se também a introdução de alimentos potencialmente alergénicos (como ovos ou frutos secos) de forma gradual e sob supervisão médica, uma vez que isto pode reduzir a probabilidade de desenvolver alergias alimentares.

No caso da rinite alérgica ou da asma, é fundamental manter o ambiente limpo e livre de alergénios, como o pó, os ácaros e o fumo do tabaco, e passar tempo ao ar livre e seguir uma dieta equilibrada pode ajudar a fortalecer o organismo e a torná-lo mais resistente.

Por último, não se esqueça: as alergias são hereditárias? Esta é uma questão importante a discutir com o seu médico, pois ele poderá orientá-lo de acordo com o seu caso particular e oferecer-lhe as melhores opções para prevenir ou tratar as alergias. Não se automedique nem tome decisões sem consultar um profissional, pois cada pessoa é diferente e o que funciona para uns pode não ser adequado para outros.

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Deve ler cuidadosamente todas as informações constantes da embalagem do medicamento e do seu folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.