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Alergias em diferentes regiões do mundo

Alergias em diferentes regiões do mundo

As alergias são uma preocupação global que afeta pessoas de todas as idades em diferentes partes do mundo: desde a febre do feno na Europa até à alergia ao pó e aos ácaros na América do Norte, estas afeções variam significativamente consoante a região geográfica. Sem dúvida, compreender as diferenças regionais nas alergias é fundamental para desenvolver estratégias eficazes de gestão e tratamento.

Fatores que influenciam na prevalência das alergias

As alergias afetam uma grande parte da população, existindo vários tipos e sendo uma das afeções mais comuns em todo o mundo. Apesar disso, existem diferentes fatores que fazem com que a prevalência das alergias varie de região para região:

  • Clima: as zonas com climas temperados e sazonais registam frequentemente picos de polinização que podem desencadear reações alérgicas.
  • Vegetação: a composição vegetal de uma região pode influenciar o tipo e a quantidade de alergénios presentes no ambiente. Assim, áreas com um grande número de árvores de pólen pesado, como as bétulas ou os carvalhos, apresentam taxas mais altas de alergia ao pólen.
  • Fauna: a presença de certos animais, como ácaros do pó, baratas ou animais de companhia, pode aumentar a exposição a alergénios em casa e contribuir para a prevalência de alergias em certas regiões.
  • Dieta: por exemplo, o consumo frequente de certos alimentos entre a população aumenta a sensibilidade a alguns alergénios relacionados com estes.
  • Exposição profissional: certos trabalhos podem expor as pessoas a alergénios específicos, como poeiras, produtos químicos ou materiais biológicos, aumentando o risco de reações alérgicas ocupacionais em indústrias ou regiões.
  • Acesso a cuidados médicos: a disponibilidade de cuidados médicos e a sensibilização para as alergias também é determinante, uma vez que as pessoas com acesso limitado a cuidados de saúde podem não ser corretamente diagnosticadas ou tratadas.
  • Imunização e vacinação: em muitas partes do mundo já existem vacinas disponíveis para determinadas alergias, por exemplo contra os ácaros.

Alergias nas regiões da América do Norte

Na América do Norte, como em qualquer outra parte do mundo, há algumas alergias e reações que são mais comuns do que outras. Isto deve-se a múltiplos fatores, como os já explicados: clima, alimentação, fauna ou vegetação. Assim, as alergias mais comuns na sociedade são:

  • Alergias alimentares: incluem a alergia ao glúten, ao marisco e aos frutos secos. Estas variam em gravidade, provocando desde um ligeiro desconforto até reações que comprometem a saúde do doente.
  • Alergias ambientais: são desencadeadas por substâncias presentes no ambiente, como o pó, o bolor, os ácaros e os pelos de animais.
  • Alergias sazonais: são causadas principalmente pelo pólen de plantas e são mais frequentes durante certas estações do ano, como a primavera e o outono. Uma das mais comuns na América do Norte é a alergia ao pólen da ambrósia, que provoca comichão nos olhos, congestão nasal e dificuldade em respirar.

Alergias nas regiões da América Central e do Sul

As regiões da América do Sul e Central albergam uma vasta gama de alergénios ambientais que induzem reações alérgicas em pessoas sensíveis:

  • Alergias ao pólen: o pólen é uma das principais fontes de alergia nestas regiões do mundo. Devido à grande diversidade de plantas e flores, o pólen está presente durante todo o ano, especialmente durante a primavera e o verão. É importante notar que os tipos de pólen e as épocas de polinização podem variar consoante a localização geográfica. Por exemplo, na região do Amazonas, o pólen das palmeiras é um desencadeador comum, enquanto nas zonas montanhosas o pólen das gramíneas pode ser mais problemático.
  • Alergias aos ácaros do pó: as condições climáticas da América Central e do Sul são mais propícias à proliferação de ácaros do pó, especialmente dentro das casas e ambientes de interior.

Alergias na Europa

Como em todos os casos, as alergias mais prevalentes na Europa dependem diretamente de múltiplos fatores externos. No caso deste continente, a dieta, assim como o clima ou a flora a que a população está exposta em cada zona, estão relacionados.

  • Alergias alimentares: as reações a frutas e legumes parecem ser mais comuns nos países do sul da Europa do que nos outros, enquanto no norte são mais comuns a certos frutos secos, como os amendoins.
  • Alergias à flora: as alergias às oliveiras são muito mais frequentes nas regiões do sul, devido ao facto de as oliveiras serem muito mais comuns nos países desta parte da Europa.

Alergias em regiões da Ásia

Na Ásia, existem uma série de fatores únicos que contribuem para a ocorrência e prevalência de algumas alergias. Entre estes fatores estão a poluição do ar e a exposição a alergénios alimentares específicos:

  • Poluição: a poluição do ar em muitas áreas urbanas da Ásia é notoriamente elevada, com níveis de poluentes atmosféricos que excedem os standards considerados seguros para a saúde. Estes poluentes incluem partículas finas, ozono, dióxido de azoto e dióxido de enxofre, entre outros. A exposição prolongada à poluição do ar tem sido associada a um risco acrescido de desenvolvimento de alergias respiratórias, como a rinite alérgica e a asma brônquica.
  • Alimentação: a diversidade culinária na Ásia leva à exposição a uma vasta gama de alergénios alimentares específicos, como o marisco, amendoins, soja e glúten, entre outros. Não se deve esquecer que a dieta tradicional asiática inclui ingredientes e preparações que podem ser potencialmente alérgicos para algumas pessoas em maior grau do que noutras partes do mundo.

Quanto às zonas com maior prevalência de alergias na Ásia, as áreas urbanas densamente povoadas e altamente industrializadas tendem a ter taxas mais elevadas de alergias, devido a uma combinação de poluição atmosférica, exposição a alergénios e estilos de vida modernos. No entanto, as zonas rurais também sofrem de elevadas taxas de alergia, especialmente as que têm atividades agrícolas intensivas que aumentam a exposição ao pólen e aos produtos químicos agrícolas.

Alergias nas regiões de África

Em comparação com outros continentes, a ocorrência de alergias em África é incrivelmente baixa. No entanto, por um lado, esta aparente baixa prevalência de alergias em certas regiões africanas pode estar subestimada devido a uma variedade de fatores, incluindo a falta de acesso a cuidados médicos especializados, a escassez de dados epidemiológicos precisos e as diferenças na sensibilização e reconhecimento das alergias. Por outro lado, a rápida urbanização e a exposição à poluição do ar estão associadas a um aumento das alergias respiratórias nas zonas urbanas em comparação com as zonas rurais.

Precauções quando for viajar

Se vai viajar e sofre de alergias, deve tomar certas precauções para garantir que a sua viagem decorre sem imprevistos que possam prejudicar os seus planos. É recomendável que leve consigo:

  • Um kit-farmácia de viagem com os fármacos que pode precisar. Sempre, evidentemente, na caixa original e com a receita do seu médico de família ou especialista, se necessário.
  • Um plano de emergência pormenorizado sobre como atuar em caso de alergias graves que exijam uma ação imediata, como é o caso de algumas alergias alimentares. Lembre-se de que deve ser escrito de uma forma que qualquer pessoa possa compreender e atuar rapidamente.
  • Levar um historial médico atualizado. Ao transportar medicamentos consigo, pode ser-lhe exigido no aeroporto ou ao passar pela alfândega.

Além disso, é sempre aconselhável tomar algumas precauções adicionais durante a viagem. Se sofre de alergias alimentares, verifique os ingredientes de tudo o que comprar antes de o consumir. No caso de um restaurante, peça o máximo de informação possível.

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Deve ler cuidadosamente todas as informações constantes da embalagem do medicamento e do seu folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.