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alergia aos pólens dos platanos

Alergia aos pólens dos platanos, um problema comum nas cidades

Sabia da alergia aos pólens dos platanos? A alergia ao plátano de sombra cresceu consideravelmente nas últimas duas décadas. Hoje descobrimos tudo sobre esta alergia na cidade.

infográfico sobre alergia ao plátano de sombra

A alergia ao pólen, também conhecida como polinose, tornou-se num problema sociossanitário de primeira magnitude. Não existem dados sobre Portugal, mas de acordo com a Sociedad Española de Alergología e Inmunología Clínica (SEAIC) mais de 8 milhões de pessoas em Espanha sofrem deste problema. Embora algunas apresentem uma sintomatologia leve, para outras pode ser inclusive incapacitante na sua vida diária.

A alergia ao póle é uma das alergias mais comuns. Dentro desta tipologia, os pólenes mais frequentes são de : gramíneas (cerca de 80%), oliveiras (40%), cupressáceas ou arizónicas, plátanos, salsolas e parietárias.

Pólen na cidade: alergia ao plátano de sombra

O plátano de sombra, de nome científico Platanus x hispanica, é uma árvore de folha caduca pertencente à família das platanáceas (não tem relação com as bananeiras). Trata-se de uma espécie híbrida, resultado da mistura do Platanus orientalis (típica da Eurásia) e do Platanus occidentalis, uma espécie proveniente da zona atlântica dos Estados Unidos. Porém, para outros especialistas, trata-se de um cultivo da primeira espécie e não um híbrido.

Embora as suas origens exatas sejam desconhecidas, sabe-se que foi introduzida na Península Ibérica pelos romanos, que a utilizaram como árvore ornamental e em caminhos e estradas devido à sombra exuberante que oferece (daí o seu nome). Por isso é comum encontrá-la em jardins e parques de países de ambos os continentes.

O plátano de sombra, uma árvore muito cosmopolita

O plátano de sombra tem sido usado de forma intensiva na jardinagem graças às suas características:

  • É uma árvore de crescimento rápido, podendo atingir até 30 metros de altura.
  • A sua copa é larga, alta e abaulada. A sua casca é cor pardo clara ou pardo acinzentada que se parte em placas de ritidoma de cores esverdeadas, amareladas e cinzentas.
  • As flores masculinas e femininas são agrupadas em inflorescências esféricas penduradas em longos pedúnculos.
  • É muito resistente. Tolera muito bem atmosferas poluídas por poeiras e gases, e é capaz de absorver o CO2, ajudando assim a reduzir a poluição.
  • Pode regular a humidade e a temperatura e abafar o ruído.
  • Além disso, são árvores de vida longa: algumas chegam aos 300 anos.

A polinização ocorre num curto período de tempo de apenas 20 dias, e geralmente ocorre entre os meses de março e abril ou abril e maio, embora possa ser interrompida pelas chuvas. Apesar do curto período de polinização, este é muito explosivo: no ano 2000, foram contabilizados quase 50.000 grãos de pólen por metro cúbico; de facto, estima-se que uma árvore de plátano possa conter até 143 mil milhões de grãos. Como se isso fosse pouco, em algumas ocasiões foram detetados restos de polinização em outubro e novembro devido ao refluxo pós-sazonal.

Alergia ao plátano de sombra

A alergia aos pólens dos platanos cresceu consideravelmente. Isso tem levado muitas cidades a considerar a possibilidade de deixar de plantar este tipo de árvores e procurar outras espécies.

Sintomas de alergia ao plátano

Os sintomas geralmente aparecem em doentes que vivem em áreas urbanas, que é onde este tipo de árvore é encontrado, e apresentam alergias poucos dias após a polinização.

Em geral, os sintomas costumam ser violentos e bruscos, sendo os mais frequentes os seguintes:

  • Rinite alérgica: comichão nos olhos, nariz, boca e garganta, espirros e olhos chorosos.
  • Conjuntivite
  • Episódios de asma, ainda que com menos frequência que os anteriores.
  • Tosse

A maioria das pessoas que tem alergia a este tipo de pólen também apresenta sintomatologia a outros tipos de pólen.

Além do pólen, existem outros bioaerossóis nesta árvore que podem causar sintomas respiratórios e oculares: os tricomas (pelos finos que crescem nas folhas) e as fibras de aquénios.

Não só respiratório, também alimentar

No caso do plátano de sombra, não só se trata de uma alergia respiratória, como também alguns doentes podem ter problemas ao comer frutas. Isto deve-se à presença da LTP (Proteína Transportadora de Lípidos), uma proteína que funciona como defesa e que se encontra nesta árvore e também na casca de muitas frutas e vegetais como as maçãs, pêssegos e até tomates. Porém, o facto de uma pessoa sofrer de  diversas alergias ao longo da sua vida é algo muito comum, e tem o nome de “Marcha Alérgica“.

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Deve ler cuidadosamente todas as informações constantes da embalagem do medicamento e do seu folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.