Alergia ao ovo: causas, sintomas e tratamento

A alergia ao ovo é uma das causas mais frequentes de reação alimentar nas crianças. Geralmente, a clara é a que tem maior teor de proteínas e pode ser encontrada em produtos de pastelaria ou panificação, enchidos, rebuçados, gelados, queijos e um longo etc. Esta reação, embora costume desaparecer na maioria dos casos antes dos seis anos de idade, pode persistir na vida adulta, representando um verdadeiro incómodo no estilo de vida da pessoa.

Causas e fatores de risco

A alergia ao ovo consiste numa reação adversa que surge quando o organismo produz um anticorpo – a IgE, dirigido contra uma substância que atua como um alergénio, neste caso o ovo. Ou seja, o sistema imunitário identifica erradamente certas proteínas do ovo como prejudiciais, o que faz com que, quando exposto a estas proteínas, o sistema imunitário as reconheça e liberte histamina e outras substâncias químicas, provocando os sintomas alérgicos.

Além disso, existe uma série de fatores que podem aumentar o risco de sofrer desta alergia:

Dermatite atópica. Pessoas que sofrem de reações alérgicas na pele são mais propensas a sofrer de alergias alimentares, como a do ovo.
Antecedentes familiares. Se os pais sofrem de alguma alergia alimentar, asma, rinite alérgica, etc., as probabilidades dos seus filhos sofrerem também aumentam consideravelmente.
A idade. Geralmente, os casos mais difundidos de alergia ao ovo costumam ocorrer em crianças, embora hoje em dia cada vez mais pessoas mais velhas sofram dela.

Que sintomas provoca a alergia ao ovo?

As reações e sintomatologia da alergia ao ovo podem ser diferentes em cada pessoa, mas geralmente ocorrem logo após a ingestão desse alimento. As reações mais comuns são:

Urticária e inflamações na pele (sintomas mais frequentes).
Congestão ou muco nasal e espirros.
Sintomas digestivos em forma de cólicas, náuseas ou vómitos.
Sintomas de asma, como tosse forte, aperto no peito ou falta de ar e dificuldade em respirar.

Estas reações não ocorrem apenas ao comer ovo, sendo que também podem aparecer com o contacto com este alimento e, em casos mais graves, até mesmo por inalação (ao cozinhar um ovo são libertadas certas proteínas).

Que tratamento existe para a alergia ao ovo?

O tratamento da alergia ao ovo é baseado em três pilares fundamentais:

Tratamento farmacológico. O tratamento sintomático é realizado através de anti-histamínicos, corticoides orais, broncodilatadores e adrenalina intramuscular nos casos mais graves (anafilaxia).
Tratamento de prevenção. Quando falamos de alergia ao ovo mediada por IgE, o mais comum seria seguir uma dieta isenta ou evitar o alimento mas, nos últimos anos, tem sido abordado o tratamento ativo da alergia ao ovo, conhecido como imunoterapia oral (ITO) ou indução de tolerância oral.
Tratamento etiológico (indução de tolerância). É um dos tratamentos mais promissores atualmente em investigação. Consiste em aumentar o limiar de tolerância de uma pessoa em relação ao ovo para estar mais protegida contra a ingestão acidental.

Conselhos para prevenir a reação alérgica ao ovo

Atenção ao rótulo dos alimentos. Muitas pessoas sofrem reações alérgicas com quantidades mínimas de ovo que muitos produtos contêm.
Refeições fora de casa. Nos restaurantes, deve-se consultar o empregado de mesa sobre se algum prato contém ovo ou vestígios dele. Hoje em dia muitos estabelecimentos possuem uma carta específica dos ingredientes, mas ainda assim é importante ter a certeza.
Contaminação cruzada. A contaminação cruzada é um foco de grandes reações alérgicas. Isso pode ocorrer se o ovo entrar em contacto com outros alimentos, por exemplo, com produtos fritos no mesmo óleo.
Mães e amamentação. Através do leite materno é possível transmitir as proteínas do ovo aos bebés. Se a criança sofrer de alergia, a mãe deve evitar o seu consumo.
Pulseira identificativa. É recomendada especialmente para crianças. Graças à pulseira, no caso de sofrer uma reação grave, as outras pessoas saberão do problema e poderão agir rapidamente.

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