Alergia à soja, porque aparece?
Hoje, são cada vez mais as pessoas que consomem alimentos ou derivados da soja. Com este aumento da presença na cozinha e nas dietas de milhões de pessoas em todo o mundo (sobretudo na Ásia, Europa e América do Norte), as alergias relacionadas com o produto também aumentaram. Embora seja uma alergia que não seja grave, pode causar um verdadeiro desconforto após uma ingestão acidental. Descubra as causas, sintomas e tratamentos relacionados com a alergia à soja.
Características principais da alergia à soja
Este alimento tem um papel especial na dieta dos países asiáticos e está a ganhar cada vez mais presença na Europa ou na América do Norte devido ao seu grande valor nutricional.
Regra geral, a alergia às leguminosas aparece durante a infância (aparece por volta dos três meses de vida) e persiste durante a vida adulta em muitos casos. É muito comum que os bebés com alergia à proteína do leite de vaca também o sejam à soja, embora seja menos comum na idade adulta. Que elementos predispõem para sofrer desta alergia? Tal como acontece com outros tipos de alergias, existem alguns fatores de risco que aumentam as possibilidades de sofrer desta patologia, tais como: antecedentes familiares ou sofrer de outros tipos de alergias a leguminosas, leite ou outros alimentos.
➜ Infográfico sobre as características da alergia à soja:
Quais são os sintomas mais comuns da alergia à soja?
Embora se trate de uma alergia incómoda e desconfortável para quem sofre dela, a alergia à soja não é considerada grave e raramente causa sintomas fortes ou fatais para o paciente. Regra geral, os sintomas aparecem alguns minutos ou horas após a ingestão do alimento. Os mais comuns são:
- Urticária, eczemas e comichão ou vermelhidão na pele.
- Comichão e lacrimação nos olhos.
- Inflamação nos lábios, língua, olhos ou garganta (angioedema).
- Sibilâncias ou dificuldade em respirar.
- Dor abdominal, náuseas, vómitos ou diarreia.
- Quebra de tensão
- Em casos muito especiais, pode originar shock anafilático.
Qual é a causa desta alergia? Em que alimentos pode ser encontrada?
Neste tipo de alergia, o sistema imunitário reage de forma “exagerada” contra a proteína da soja que identifica como prejudicial ou nociva ao organismo, provocando a produção de anticorpos e gerando os conhecidos sintomas. É importante mencionar que, além disso, existe um alto risco de reatividade cruzada entre a soja e a bétula. Isto é, as proteínas de ambos são semelhantes aos olhos do sistema imunitário, por isso é muito comum que as pessoas com alergia à bétula sejam aconselhadas a evitar a ingestão de produtos relacionados com a soja.
Além de poder ser encontrada em produtos como o leite de soja ou o tofu, cada vez é mais comum noutros tipos de alimentos processados, como:
- Produtos infantis (leite em pó, papas, purés…)
- Alimentos de forno (bolos, bolachas, etc.)
- Produtos enlatados, como o atum ou a carne
- Rebuçados, guloseimas ou doces
- Molhos, sopas ou purés enlatados
- Enchidos ou carnes processadas
- Cereais
Para evitar uma possível ingestão acidental, é fundamental verificar de forma exaustiva o rótulo dos alimentos e consultar a carta de alergénios nos restaurantes.
Diagnóstico, tratamento e prevenção
Os testes de diagnóstico para detetar a alergia à soja são: teste cutâneo ou análises de sangue. Além disso, é muito comum o médico especialista verificar minuciosamente o histórico médico do paciente e realizar um exame físico que acompanhe os testes.
Embora atualmente existam muitos ensaios que estão a ser realizados para combater este tipo de alergias mediante a imunoterapia, como acontece com outros tipos de alergias alimentares, o tratamento mais adequado e eficaz é erradicar por completo este alimento e seus derivados da dieta. Para evitar a ingestão acidental, a melhor prevenção é não comer fora de casa e ler o rótulo de qualquer produto com muita atenção. Sobretudo, em pessoas com alergia à soja, recomenda-se não ir a restaurantes de comida chinesa ou asiática onde a soja é um elemento-chave dos pratos.
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