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urticária aquagénica

Já imaginou se tivesse alergia à água?

O que faria se não pudesse tomar banho no mar, desfrutar de um bom duche e até mesmo da água da chuva? Isso é o que acontece com as pessoas que sofrem de alergia à água, uma doença realmente rara da qual um punhado de pessoas em todo o mundo sofre. Conhecida como urticária aquagénica, é uma das patologias alérgicas mais estranhas que existem, principalmente se pararmos para pensar sobre o facto de a água ser essencial na nossa vida. Hoje vamos analisar porque essa reação aparece. Dê uma vista de olhos!

Como se manifesta a alergia à água?

Esta alergia à água, que aparece em ocasiões muito raras, surge quando o paciente tem contacto direto com a água, seja do mar, da piscina, do próprio suor e até da água filtrada para beber. Não importa a temperatura da mesma, o simples contacto momentâneo já produz uma erupção quase imediata. Afeta de forma mais recorrente os jovens e, principalmente, as mulheres.

Sintomas mais habituais da alergia à água

As reações ao contacto com a água aparecem após 5-30 minutos e geralmente desaparecem ao fim de meia hora. Localizam-se normalmente na parte superior do tronco, pescoço, braços, ombros e costas, sendo leves na maioria dos casos.

Os sintomas aparecem na pele como:

  • Manchas vermelhas ou de outras tonalidades.
  • Inchaços inflamados que provocam queimação.

Características da urticária aquagénica

Como é viver com esta doença?

O dia a dia das pessoas que sofrem da alergia é realmente incómodo, não podendo realizar muitas das suas atividades diárias como os outros. Como no caso dos duches, que devem ser muito curtos e com temperatura média, inclusive algumas pessoas cobrem-se com roupas finas de algodão para que a água não as prejudique tanto. Embora nem todos tenham a mesma sensibilidade, beber água também pode ser um verdadeiro sacrifício, por isso devem manter-se hidratados comendo frutas ou sumos.

Para evitar as reações que provoca, as pessoas afetadas têm que levar um estilo de vida tranquilo e em certas ocasiões, muito controlado. Por exemplo, devem beber água com uma palhinha, tomar banho raramente e durante curtos períodos de tempo, ou evitar fazer exercício que os faça suar muito. Além disso, devido à sua pele delicada, devem mantê-la constantemente hidratada com cremes ou vaselinas que também ajudam a evitar o contacto direto com a água.

Existe uma cura?

Tal como acontece com outros tipos de alergias, esta afeção não tem cura e nem inclusive uma causa definida, embora existam atualmente dois tipos de teorias sobre a sua origem:

  1. Pode ser provocada por certas substâncias encontradas na água e que penetram no organismo através dos poros.
  2. O contacto das moléculas da água com a pele gera uma reação tóxica que provoca os conhecidos sintomas.

Diagnóstico e tratamento para a urticária aquagénica

O diagnóstico clínico da doença é realizado através de um teste simples que consiste na aplicação de uma compressa molhada com água a cerca de 35º. Geralmente é colocada na zona das costas durante meia hora e se aparecerem reações, o resultado será positivo. A partir de um diagnóstico mais exaustivo, podem ser diferenciados até três tipos de alergias à água, que são classificadas como:

  • Prurido aquagénico. As lesões não são visíveis na pele, mas provocam uma forte sensação de queimação.
  • Urticária colinérgica. Está relacionado com o aumento da temperatura corporal e o exercício físico.
  • Urticária a frigore. Os inchaços na pele aparecem neste caso após o contacto com água fria, não morna ou quente.

Como vimos, não existe uma cura definitiva para aplacar esta patologia, mas existem tratamentos que ajudam a aliviar os sintomas e a travar o desconforto dos pacientes, como:

  • Anti-histamínicos. Reduzem os níveis de histamina no organismo.
  • Anticolinérgicos. Diminuem os sintomas quando tomados antes da exposição.
  • Cremes ou óleos que atuam como barreira. Muito utilizado para desportos de contacto com a água.

Em casos graves, quando ocorre um choque anafilático, pode ser administrada uma injeção de epinefrina, como acontece com outros tipos de alergias. O mais habitual é que o paciente a tenha sempre consigo, para usar em caso de emergência.

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Deve ler cuidadosamente todas as informações constantes da embalagem do medicamento e do seu folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, deve consultar o seu médico ou farmacêutico.