A amoxicilina: um dos medicamentos que mais alergias provoca
A amoxicilina é um dos antibióticos, pertencente à família da penicilina, que mais alergias provoca dentro dos medicamentos. Além disso, este fármaco costuma ser receitado a doentes com infeções respiratórias ou de garganta provocando um problema duplo para pessoas que também sofrem de sintomas respiratórios derivados de outras alergias.
Conhecer os sintomas e fazer um diagnóstico correto é fundamental para evitar futuras reações acidentais, que em certas ocasiões podem ser fatais. Aqui, dizemos-lhe tudo o que precisa de saber sobre este antibiótico tão comum.
Causas da alergia à amoxicilina e fatores de risco
A amoxicilina é um antibiótico que pertence à família da penicilina. Estes derivados denominam-se de beta-lactâmicos (fórmula semelhante à penicilina). A alergia à amoxicilina ocorre quando o nosso sistema imunitário se torna hipersensível ao medicamento e reage de forma exagerada. Após a primeira reação, o nosso corpo detetará o medicamento como prejudicial e libertará as substâncias químicas que causam a sintomatologia.
Embora a origem desta alergia ainda não seja totalmente clara, existem certos fatores que podem aumentar o risco de sofrer dela:
- Ter antecedentes familiares.
- Ter sofrido no passado uma reação semelhante à penicilina ou a outro medicamento.
- Sofrer de outro tipo de alergias (alimentares, febre do feno, etc.).
- Sofrer de alguma doença como VIH (sida) ou contrair o vírus de Epstein Barr.
Quais são os sintomas mais comuns?
As reações após a administração do antibiótico costumam aparecer muito rapidamente, geralmente em menos de uma hora. Embora com menos frequência, existem casos em que os sintomas se manifestam passados vários dias. Os sinais mais comuns afetam a pele e o sistema respiratório e são os seguintes:
- Erupção cutânea, urticária, inchaço na zona do rosto ou vermelhidão da pele.
- Olhos chorosos e com comichão.
- Dificuldade em respirar, sibilâncias ou tosse.
- Febre, dor de cabeça ou
- Em casos graves, pode ocorrer choque anafilático.
Testes para a deteção da alergia à amoxicilina
- Testes cutâneos. Através de uma pequena injeção, é administrada uma quantidade mínima do medicamento a nível cutâneo. Se a reação for positiva, o doente apresentará vermelhidão, comichão e inchaço na zona tratada, sintomas que indicam uma alta probabilidade de sofrer de alergia à amoxicilina ou à penicilina. Embora seja um dos testes mais comuns, não é 100% fiável porque grande parte das reações aos medicamentos nem sempre apresenta sintomas através da pele.
- Provas de provocação oral. Muitos alergologistas realizam um teste escalonado de provocação quando os testes cutâneos não são conclusivos. Neste caso, são administradas até 5 doses (de menor a maior quantidade), até chegar à dose desejada. Se o doente chegar ao último teste sem sofrer nenhum tipo de reação, a alergia a esse medicamento não existe.
- Elaborar um histórico clínico. Uma das melhores ferramentas para o diagnóstico da alergia à amoxicilina e aos medicamentos em geral será ter um bom histórico clínico do doente, no qual se detalhem de forma concreta o aparecimento dos sintomas, as suas características e o tempo de reação.
Como é que as pessoas com alergia a este medicamento devem agir?
Cada caso específico deve ser tratado por um especialista ou alergologista que determinará de forma personalizada o tratamento a seguir. Geralmente, existem várias opções recomendadas:
- Suspensão do medicamento. Um dos primeiros passos quando existir a suspeita ou diagnóstico de alergia à amoxicilina será eliminar a administração desse medicamento.
- Tratamento de dessensibilização. É o procedimento pelo qual um doente com alergia recebe doses crescentes do medicamento com o objetivo de inibir temporariamente a sua capacidade de resposta. Basicamente, consiste em administrar o fármaco em quantidades muito baixas e progressivamente crescentes, até atingir a dose adequada.
Para tratar as reações causadas por esta alergia, os médicos costumam utilizar principalmente dois medicamentos:
- Os anti-histamínicos. Estes medicamentos bloqueiam as substâncias químicas do sistema imunitário que provocam a reação alérgica.
- Os corticoides. Quando os sintomas são muito graves, os corticoides (orais ou injetáveis) ajudam a tratar a inflamação de forma muito eficaz.
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